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A solidão é impossível, e a sociedade, fatal.
A solidão é impossível, e a sociedade, fatal.
Resumindo, diria pensar que a natureza humana, mais do que boa, é excelente; que a sociedade, e nela a educação, ajudando o homem a sobreviver, o tem limitado, e muito, no melhor, que é o seu ser livre.
A sociedade prosseguirá em estado de violência, porque o homem não prescinde da sua enfermidade moral que é achar-se inútil num mundo que não criou.
Um decreto a reconhecer a cidadania faz-se em minutos e pode fazer-se já; um cidadão, isto é, o homem pleno e conscientemente integrado numa sociedade política civilizada leva séculos a fazer.
A aprovação que concedemos àqueles que são admitidos na sociedade tem origem, muitas vezes, na secreta inveja que nos inspiram aqueles que nela estão firmemente estabelecidos.
A sociedade tem direitos sobre nós como seres sociais, não como homens.
Virtude social é tolerar nos outros o que devemos proibir a nós mesmos.
A sociedade é um sistema de egoísmos maleáveis, de concorrência intermitentes. Cada homem é, ao mesmo tempo, um ente individual e um ente social. Como indivíduo distingue-se de todos os outros homens; e, porque se distingue, opõe-se-lhes. Como sociável, parece-se com todos os outros homens; e, porque se parece, agrega-se-lhes.
A grande sociedade sem classes é a do cemitério. Das diferenças aí impostas, os mortos não sabem.