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Toda a coisa sensata já tem sido pensada; tem-se que tentar, apenas, pensá-la de novo.
Toda a coisa sensata já tem sido pensada; tem-se que tentar, apenas, pensá-la de novo.
O estatuto da realidade: descobrir esse doce exercício destrona a ascética parcimónia do pensar racional. Mais do que um mero crepúsculo, flexível ou determinado, o pensamento precisa de ilusão e assim a obra de arte abre-se em leque sobre o inventário do mundo.
O real não é nunca aquilo em que se poderia acreditar, mas é sempre aquilo em que deveríamos ter pensado.
Penso que não ter necessidade é coisa divina e ter as menores necessidades possível é o que mais se aproxima do divino.
Há uma espécie de reciprocidade entre a necessidade e o objecto que a satisfará. Não penso em beber; mas este copo ao meu alcance dá-me sede. Tenho sede e imagino o copo de água delicioso.
A natureza e a arte parecem afastar-se, mas antes que o pensemos já elas se encontraram.
O mundo parece ter perdido o hábito de pensar e a culpa talvez caiba a uma acumulação de sofrimentos. Convém reeducar este mundo, aliás afogado em intelectualismo.