História

Aparece, desaparece: é toda a história de um homem, tal como a do mundo ou a de um micróbio.

Quem só tem o espírito da história não compreendeu a lição da vida e tem sempre de retomá-la. É em ti mesmo que se coloca o enigma da existência: ninguém o pode resolver senão tu!

A vida é uma simples sombra que passa (...); é uma história contada por um idiota, cheia de ruído e de furor e que nada significa.

Perante quem é que somos homens? É uma pergunta simples. Mas ela revoluciona toda a história da humanidade. Experimenta fazê-la. Experimenta pensá-la.

Os homens fazem a sua própria história, mas não o fazem como querem... a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos.

Cada homem é uma humanidade, uma história universal.

Há três categorias de homens: a) os que contam a sua história; b) os que não a contam; c) os que não a têm.

Ser homem é ter uma história, e não ser pura natureza. Ser homem é saber que o mundo não foi dado, mas que se cria.

À força de se andar à procura das origens transformamo-nos em caranguejos. O historiador olha para o passado; no fim «crê» também no passado.

Para o historiador, os factos são apenas sinais indicadores de ideias.